TELEXFREE: STJ NEGA RETORNO DAS ATIVIDADES
Notícia veiculada pelo portal Terra, informa que a ministra Isabel Gallotti, da 4ª
Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), extinguiu nesta terça-feira (2)
uma medida cautelar pedida pela Ympactus Comercial Ltda, responsável pela
TelexFree, que é investigada por indícios de formação de pirâmide financeira. A
Justiça Estadual do Acre suspendeu na semana passada os pagamentos e as novas
adesões ao negócio, que oferece para seus sócios uma percentagem de vendas de
produtos anunciados pelo sócio em sites gratuitos de propaganda. Os
advogados da empresa levaram o caso ao STJ na tentativa de derrubar a liminar
da Justiça do Acre, que impede a atividade da TelexFree sob pena de R$ 100 mil
a título de multa por nova adesão. No entanto, a ministra avaliou que o pedido
seria admissível apenas depois de julgamento do agravo regimental no Tribunal
de Justiça do Acre. A empresa alega que a atividade não é “pirâmide
financeira”, mas sim marketing de rede, fato que o STJ não pode avaliar neste momento
do processo porque envolve análise de circunstâncias factuais. O esquema de
pirâmide é caracterizado quando o organizador da empresa remunera seus antigos
sócios com taxas de adesão cobradas dos novos sócios, e não com o lucro do
empreendimento. Segundo o Ministério da Justiça, a empresa estaria
ofendendo os princípios básicos do Código de Defesa do Consumidor, como o dever
de transparência e boa-fé nas relações de consumo, além de veiculação de
publicidade enganosa e abusiva. Caso seja confirmada a violação aos direitos e
garantias previstos no Código de Defesa do Consumidor, a empresa poderá ser
multada em cerca de R$ 6 milhões.
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