O estudo, publicado na revista
científica Lancet, analisou mil famílias britânicas e observou QIs mais baixos
e dificuldades relacionadas à leitura entre crianças cujas mães ingeriram
poucos alimentos com iodo durante a gestação.
Os pesquisadores das Universidades de Surrey e de
Bristol analisaram os níveis de iodo em amostras de urina de mulheres grávidas
no sudoeste da Grã-Bretanha.
Os exames mostraram deficiência do nutriente em dois
terços das mães pesquisadas. Mais tarde, os pesquisadores observaram que seus
filhos tinham QI mais baixo aos oito anos e problemas relacionados à leitura
aos nove anos.
A pesquisadora Sarah Bath disse à BBC que o estudo
observou uma diferença de até três pontos para baixo nos QIs das crianças com
deficiência de iodo em comparação com as que acusaram níveis normais.
Até recentemente acreditava-se que a deficiência de iodo
era um problema em países em desenvolvimento, apesar de estudos anteriores
terem registrado índices baixos de iodo também em mulheres britânicas. No
entanto, o impacto da falta de iodo no desempenho escolar das crianças era até
então desconhecido.
Segundo os pesquisadores, a deficiência de iodo pode
"impedir que crianças atinjam seu potencial pleno" e que a questão
deve ser tratada como "um problema sério de saúde pública".
O iodo é um nutriente essencial para o desenvolvimento do
cérebro, com papel importante na produção de hormônios responsáveis pelo
crescimento físico e neurológico.
Os pesquisadores aconselham mulheres em idade
reprodutiva a seguirem uma dieta baseada em peixes e laticínios. Em
contrapartida, eles não recomendam a ingestão de pílulas de algas marinhas
porque contêm doses demasiadamente altas de iodo.
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